27 de abr. de 2011

Palavras, a língua falada por meu coração


“Palavras apenas palavras pequenas palavras, momento palavras, palavras...” (Marisa Monte/ Moraes Moreira).

Objetividade nas palavras, nunca tive, sou uma pessoa que prefere as palavras floridas de sentimento, aquelas palavras que chegam ao destinatário com cheiro de carinho, que quando tocam o seu alvo balançam as estruturas, removem tristezas, fazem flutuar...
E por ser assim, não sei dizer de forma direta quando amo, ou quando algo está me irritando profundamente.
Não!
Para dizer que amo antes uso as palavras mais lindas, detalho as emoções que sinto, coloco cor, enfeito com uma gama de sensações positivas, e depois sim as libero para seu destino, certas que são o meu maior presente, a minha maior satisfação.
E quando estou decepcionada com alguma atitude, ajo da mesma maneira, uso as palavras a meu favor, detalho defeitos, e elas, chegam com cheiro de lágrimas, com gritos, indignação...
As palavras são companheiras, explicam o que eu não consigo falar, demonstram o que meu olhar esconde, às vezes arredias, às vezes acalentadoras, porém nunca diretas...
Contudo, as palavras me ensinaram a não aceitar meio termos, por mais rebuscadas por mais voltas que elas possam dar, elas são aquilo que dizem ser... Uma frase de amor que escrevo (é exatamente o amor que sinto), uma palavra irada é exatamente isso (ira), e em minha vida não aceito meio termos, qualquer coisa, mais ou menos, ser opção.
Eu mereço mais que isso, entrego-me a tudo que tenho de maneira apaixonada, e não sou um local de desterro para emoções alheias que querem desabar em mim frustrações de outros projetos.
Isso de jeito algum eu aceitaria, ou sou o projeto principal (aquele que dá trabalho, no qual se vira noites e noites tentando entender por que determinada equação não chega ao resultado do gabarito, mesmo tendo feito igualzinho a fórmula, ou não sou nada).
Pois quando permito que alguém entre em minha vida, automaticamente será tratado (a) como projeto principal, dou o meu melhor, trato as pessoas que amo como prioridade,
(Claro eu me incluo entre as pessoas que amo!).
O mistério todo está aí, eu dou atenção, falo na cara, canto meu amor, libero minha raiva, essas atitudes não são preocupantes, agora se eu não fizer nada, se não disser uma palavrinha sequer, essa é a hora de se preocupar... Afinal só as pessoas realmente importantes para mim são dignas de minhas palavras.
Quando calo as palavras... Desconecto do coração!


Por Priscila Pencinato

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